Cirurgia do fígado: quando ela é indicada?

Atualmente, existem diferentes técnicas para realização da cirurgia do fígado, optando, sempre que possível, por procedimentos menos invasivos e que permitam a restituição da saúde do paciente e maior qualidade de vida.

A avaliação da cirurgia do fígado, sua indicação e técnica mais apropriada, são questões trabalhadas pelo cirurgião especializado no aparelho digestivo. Saiba mais a seguir.

Quando a cirurgia do fígado é indicada?

A cirurgia do fígado é um procedimento complexo, mesmo nos casos que pode ser realizada por via laparoscópica, de forma que a indicação só ocorre quando há evolução da gravidade do caso. Algumas condições que podem demandar intervenção cirúrgica incluem:

  • tumores no fígado, como o colangiocarcinoma ou metástases hepáticas;
  • hepatite viral crônica do tipo B ou C;
  • hepatite autoimune;
  • uso excessivo de bebidas alcoólicas com desenvolvimento do quadro de cirrose;
  • uso excessivo de medicamentos com quadro de cirrose associado;
  • distúrbios metabólicos;
  • doença hepática gordurosa não alcoólica.

De acordo com a patologia do paciente e a gravidade do quadro, a equipe médica especializada, encabeçada pelo cirurgião do aparelho digestivo, pode optar por diferentes técnicas cirúrgicas.

Quais os tipos de cirurgia do fígado?

A cirurgia de fígado visa restabelecer o funcionamento saudável e adequado do órgão, sendo possível recorrer a diferentes técnicas considerando qual apresenta mais chances de sucesso e a melhor evolução do quadro do paciente no pós-operatório.

Cirurgia do fígado por videolaparoscopia

Na cirurgia do fígado por videolaparoscopia são feitos pequenos cortes na região abdominal do paciente que permitem a inserção de uma câmera e dos instrumentos cirúrgicos sem necessidade de uma incisão maior (aberta).

A opção por essa técnica cirúrgica é feita sempre que a cirurgia do fígado apresenta menor grau de complexidade, sendo possível fazer a retirada de tumores hepáticos ou mesmo a ressecção hepática em casos de menor gravidade.

Hepatectomia

A hepatectomia, ou ressecção hepática, consiste na cirurgia de fígado na qual é feita a remoção de uma parte do órgão ou pequenos segmentos, de acordo com a patologia tratada.

Em geral, essa técnica é usada para tratamento de tumores primários ou secundários no fígado, podendo ser realizada por meio de videolaparoscopia.

Nos casos nos quais o paciente apresenta cirrose associada, a complexidade cirúrgica é mais elevada, demandando, na maior parte das vezes, a realização da técnica aberta.

Transplante de fígado

O transplante de fígado é um dos mais comuns no Brasil, podendo ser usado um órgão doado por uma pessoa que faleceu e também por doadores vivos, desde que haja compatibilidade e outros critérios sejam atendidos.

 

No transplante, o órgão do paciente tratada está comprometido e não consegue mais exercer as funções necessárias, precisando ser substituído por um saudável.

 

Trata-se de uma cirurgia de alta complexidade com duração entre 5 e 8 horas, na qual o órgão precisa ser removido e substituído pelo doado. Em seguida, o órgão saudável é conectado aos vasos sanguíneos e canais biliares do paciente.

 

A cirurgia do fígado, portanto, pode ser feita a partir de diferentes técnicas de acordo com as demandas do quadro. Independentemente da patologia que acomete o paciente, a avaliação especializada é determinante em todos os casos.

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